segunda-feira, 23 de setembro de 2013

TV Karnak: Um novo Piauí que só acontece na imprensa vendida e comprada

A hipocrisia é o ato de fingir que se tenha qualidades, idéias ou sentimentos que na realidade não se possui. A definição encontrada em qualquer dicionário de português cabe perfeitamente ao governo de Wilson Martins. Medíocre - do ponto de vista da ação própria, herdou mais de três mil obras do petista Wellington Dias e vem se segurando na grande maioria dos casos nas inaugurações de benfeitorias que o antecessor lhe deixou asseguradas. Deverá utilizar ações como o contorno rodoviário de Teresina (conhecido por Rodoanel) como seu cavalo de batalha.


Cercado de múmias políticas do passado que ele próprio fez questão de ressuscitar, o governador não conseguiu formar uma equipe arrojada e, como castigo, tem que se valer de comunicação falsa e de uma propaganda fictícia que se apropria do esforço dos outros para dizer que as obras em andamento no Piauí são pombos de sua cartola. A atual campanha publicitária do Estado que fala de um Novo Piauí é a personificação clara do que significa a chula expressão “gozar com o pau dos outros”. Comerciais bem produzidos dão conta de obras implantadas pelo Governo Federal no Piauí, entretanto, atribuídas falsamente ao atual governante.

Quem vê TV com frequência assiste à maquiagem midiática de Wilson Martins em ações como distribuição de tablets nas escolas estaduais, divulgadas como iniciativa do Executivo piauiense. Potoca absoluta. Este programa foi implantado em todo o Brasil pela gestão petista de Dilma Roussef através do ministro Aloizio Mercadante, do MEC, distribuídos para estabelecimentos de ensino federais, estaduais e municipais que já tenham internet banda larga. Nos anúncios, o crédito para a União não é dado na voz do locutor  e sim em uma cartela escrita e apresentada em milésimos de segundos. A mesma técnica foi extensa a programas federais como transportes de alunos e, mais recentemente, ao Minha Casa Minha Vida. As imagens na televisão mostram pessoas carentes realizando o sonho da casa própria como se o gênio da lâmpada fosse realmente Wilson Martins quando, na verdade, é a petista da mão de ferro que manda tudo de Brasília.

Essa propaganda de faz-de-conta já produziu estragos na última vez em que o PFL governou o Piauí. Num mandato de Hugo Napoleão cometeram um dos maiores estelionatos publicitários que se tem notícia na história da propaganda piauiense. Numa campanha que o pefelê lograva êxito, na década de 90, levaram ao ar a informação de que a barragem Petrônio Portela, em São Raimundo Nonato, havia sido inaugurada durante a gestão da Frente Liberal. Chegaram a mostrar imagens de uma represa que, ao longo daquele pleito, se descobriu serem de um reservatório do vizinho estado, o Ceará.

Coincidência ou não, o “cérebro” da propaganda oficial de Wilson Martins, fazia parte daquela escolinha pefelista e, outra vez, parece estar reincidindo no mesmo tipo de mentira comunicativa. Ele foi um dos conselheiros do alto clero do governo Vida Nova e ainda hoje mantém estreitas relações com o antigo colega de pefelismo que governou o Piauí semeando a mentira em seu prelo oficial.

Envie-nos seu conteúdo pelo endereço, midia100jaba@gmail.com que publicaremos aqui.




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Eletrobrás/Piauí - Incompetência ou desrespeito? ou as duas coisas?

É absurdo o descaso e a falta de responsabilidade da Eletrobrás com os piauienses. Além do péssimo serviço prestado aqui no Piauí, com as frequentes faltas de energia, oscilações que danificam nossos aparelhos eletrônicos, temos até pessoas que foram mortas após tocar nos postes (reportagem Rede Meio Norte).
Isso sem contar veículos a serviço da empresa cometendo irregularidades diversas e até matando pessoas inocentes.

Recentemente, em mais um capítulo de desastres da Eletrobrás-PI uma professora foi morta por uma peça que soltou-se de um caminhão que presta serviço para a empresa causando a morte de uma professora. E provando que essa esculhambação está longe de acabar, recebemos denúncia de mais dois flagrantes desse descaso.

Poste "Consertado" pela Eletrobrás na Zona Leste de Teresina

A foto acima é de um poste na zone leste (Rua Belisário da Cunha), área nobre de Teresina que há mais de vinte dias foi quebrado por um carro mas continuou de pé. Cerca de dez dias depois a Eletrobrás apareceu e substituiu o poste mas deixou toda a fiação e tubos nessa condição mostrada na foto. Vale ressaltar que foi tentado contato várias vezes pelo 0800 com a Eletrobrás sem nenhum sucesso. Pra variar, sempre ocupado.
Poste quebrado há quase um mês na zona leste de Teresina

A segunda foto fica na Rua Jornalista Dondon, também localizada na zona leste. Aparentemente quebrado por um carro, está dessa forma há mais de duas semanas sem nenhuma ação da Eletrobrás pra resolver a situação.

Os riscos de acidente e de vitimar outras pessoas que pagam por essa porcaria de serviço da Eletrobrás estão evidenciados nas imagens.

Passados vários dias em ambos os locais é difícil imaginar que ninguém ou nenhum veículo da empresa tenha passado por esses locais. Se não passou fica claro que a prevenção é no mínimo falha. Se passou e a situação permanece é porque a coisa bem pior.

Não é difícil resolver isso. Abrir canais eficazes que permitam a população fazer suas reclamações, depois listar isso para o setor técnico ir a campo solucionar é perfeitamente possível. Mas a empresa não faz os investimentos necessários muito menos demonstra boa vontade para opinião pública pra resolver a situação.

Fica a pergunta, Qual a saída para o cidadão que paga caro por um serviço que não presta e ainda coloca em risco sua vida?

Envie sua denúncia (com fotos, documentos, etc) para midia100jaba@gmail.com que publicamos aqui.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Policlínica de Picos e o desserviço de Kléber Eulálio


O prefeito picoense, Kléber Eulálio, do PMDB, é um homem de poder. Já o experimentou de diversas formas: deputado estadual por vários mandatos, presidente da Assembleia Legislativa, Secretário de Governo, governador interino do Estado e, agora, no comando do Executivo de Picos, cidade situada a 400 km ao sul de Teresina. Político experiente e conhecedor das artimanhas que a vida pública obriga incorporar, ele hoje pode ser reverenciado como sábio e sabichão. Responsável por ações positivas no seu leque mandatário, também protagonizou episódios lamentáveis. A cidade que Kléber hoje governa é, ironicamente, o testemunho vivo de uma de suas mais infelizes mazelas como representante do povo. A Policlínica – um empreendimento garantido por uma Organização Não Governamental da Alemanha, a ProBrasil, teve todas as oportunidades de instalação em Picos onde atenderia cerca de 400 mil pessoas daquela região, mas, infelizmente, estancou no poderio político que Eulálio acumulou ao longo de tantos anos em sucessivos mandatos.

A história é simples e fácil de ser contada. Quando os europeus decidiram implantar a Policlínica no sofrido sertão picoense, por volta de 2007, asseguraram milhões de euros para a edificação do portentoso complexo que agora segue sem rumo certo. Os doadores, entretanto, queriam contrapartidas do governo brasileiro na forma de equipamentos e cota de atendimento gratuito de 60% pelo SUS. Na época, Kléber era deputado estadual e Gil Paraibano comandava a prefeitura de Picos. Ambos, àquela altura, concordavam plenamente com a implantação do empreendimento, contudo, o consenso estava pautado muito menos na necessidade da população e bem mais em um arranjo político que os dois haviam feito no período: Kléber sairia candidato a deputado federal pelo PMDB em dobradinha com a sobrinha do prefeito e então secretária de saúde de Picos, Belê Medeiros, que buscaria uma cadeira no parlamento estadual. Parlamentares piauienses contam que os dois chegaram a viajar para a Europa por conta de dinheiro brasileiro e alemão, assinaram protocolo de intenções, enfim, deram substancial passo para que a região picoense fosse contemplada com um serviço de qualidade que contaria ainda com a parceria generosíssima dos germânicos. Mal voltaram ao Brasil, entretanto, pifou a coragem de Kléber para correr atrás de uma vaga na Câmara dos Deputados e, com isso, o acerto com Gil Paraibano desceu pelas raras águas do Rio Guaribas. Foi o estopim para uma inimizade de gato e rato entre os dois e, com isso, quem pagou o pato? A policlínica.    

Em front oposto ao de Gil, Kléber Eulálio se posicionou em favor dos donos de clínicas radiológicas que pertenciam a presidentes e ex-presidentes da APPM e, no alto de sua autoridade constituída, começou a criar uma série de empecilhos à Policlínica. Os proprietários dos tomógrafos privados bateram o pé contra a implantação do similar público que equiparia a estrutura, justificando que a legislação recomendava um destes aparelhos para cada grupo de 100 mil habitantes. A argumentação era pura balela, considerando que para inteirar o atendimento aos 400 mil piauienses que formam aquela regional de saúde - uma das mais numerosas do Piauí, havia apenas três aparelhos particulares de tomografia em Picos, portanto, ainda caberia mais uma máquina para atendimento público. A matemática não deixou de ser perfeita mas prevaleceu a imperfeição dos interesses políticos de quem tem mais poder que, sem dúvidas, pertencia e pertence a Kleber Eulálio.

Depois que assumiu a prefeitura de Picos, em 2013, Kléber Eulálio andou ensaiando uma midiática boa vontade de retomar as conversações em torno da Policlínica, entretanto, apontando soluções pífias para o que seria um mega complexo de saúde a serviço de muita gente pobre e necessitada. Ainda aliado aos interesses de seus amigos donos de clínicas, o prefeito chegou ao cúmulo de sugerir que a estrutura servisse como maternidade, contrariando completamente a meta de oferecer atendimentos de alta complexidade em diversas áreas médicas para aquela povoação marcada pela desassistência pública.  Passados todos estes anos de impasse, o prédio continua lá, esperando o bom senso dos brasileiros e merecendo a mais desprezível reação dos voluntários doadores estrangeiros que, com razão, devem estar se perguntando: que país é este?

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O pefelismo na comunicação piauiense


Não bastasse o excessivo quadro de pessoal pertencente à Secretaria de Governo da gestão Wilson Martins, ainda tem uma assombração que o camuflado Pefelê do Karnak ressuscitou: as práticas nefastas de controle da informação pública. É nítido e atordoante o silêncio em torno de fatos negativos do Governo. Quem não lembra do quão pouco se alardeou sobre a polêmica (para não chamar de indecorosa) indicação da esposa do governador para o cargo de Conselheira do Tribunal de Contas da União? Porque a mídia foi tão muda quando os filhos de Wilson Martins apareceram nas primeiras colocações dos aprovados em concurso da Secretaria Estadual da Saúde - eles tiveram condições de estudar nos melhores colégios do mundo, entretanto, se fossem familiares de um gestor petista, por exemplo, o sucesso da colocação dos dois doutores viraria escândalo ou não?

Por quais razões não se noticia que o Hospital Mariano Lucas de Sousa, em Buriti dos Lopes, está fechado há mais de um ano, enquanto o o mega hospital privado da Família Martins, em Teresina, é a obra mais acelerada de todo o Piauí? Qual explicação para a escabrosa licitação de compras pessoais do governador (aquela que o jornalista Cláudio Barros  descobriu que somente despesas com chicletes chegavam a quase R$ 5 mil?)?. Cadê o debate midiático em torno da misteriosa morte do gerente do Banco do Brasil da cidade de Miguel Alves, Ademyston Rodrigues, assassinado em abril deste ano, sob suspeita de que sua vida tenha sido ceifada por uma bala da própria polícia do Estado - possibilidade manifestada publicamente pelo próprio secretário de segurança, Robert Rios? E o emblemático caso Fernanda Lages?

São muitos os casos sinistros que merecem pouco ou quase nenhuma cobertura combativa da imprensa. Este amordaçamento espontâneo dos veículos, de abril de 2010 até hoje, é pura obra do destino ou lembra alguma tática pefelistas de empurrar os podres de seus governos para debaixo do tapete? Quais são os métodos utilizados nesta extinção quase absoluta da crítica? E quem comanda esta operação de abafamento da informação? Se a resposta a alguma destas indagações levar a zumbis do PFL, não terá sido mera coincidência.